Informação sobre hemorróida, sintomas, causas, tratamento natural e cirurgico da hemorróida, pomadas e supositórios para tratar as hemorróidas.


Alimentação adequada para quem sofre de hemorróidas

Tome cuidado com sua alimentação. Evite alimentos gordurosos e condimentados.
  • Dê preferência a alimentos ricos em fibras como:
    - Cereais;
    - Frutas;
    - Legumes;
    - Verduras.
  • Procure ingerir 25 a 30 gramas de fibras por dia.
  • Procure fazer refeições regulares, e mastigue bem os alimentos. Habitue-se a comer todos os dias nos mesmos horários.
  • Procure ingerir no mínimo 2 litros de água por dia, e sempre que possível procure obedecer ao desejo evacuatório- evite ficar se “segurando”.
  • Procure fazer atividades físicas diárias e regulares (uma superdica é andar no mínimo 30 a 45 minutos por dia).
  • Deve evitar:
    - Pimentas;
    - Alcool;
    - Alimentos ricos em gordura animal;
    - Condimentos dada à sua ação irritante sobre a mucosa previamente lesada.
  • Evite Alimentos que provoquem prisão de ventre como:
    - Farináceos;
    - Maçã;

    - Banana,
    entre outros.
Fonte: http://www.nutricaoativa.com.br/conteudo.php?id=83

Cirurgia para hemorróidas

Quando os sintomas são intensos (muito sangramento ou dor que não melhoram com tratamento clínico, limitação para praticar exercícios ou permanecer em pé), procedimentos cirúrgicos são a solução. As hemorróidas não evoluem para doenças mais graves nem aumentam o risco de ter câncer.
A cirurgia convencional, realizada com anestesia local, ráqui (na coluna) ou geral, é indicada para todos os casos e é a única que funciona para hemorroidas externas. Ela retira os vasos sanguíneos doentes e resolve o problema. Mas é dolorida e sua recuperação, longa, até dois dias de internação em hospital e repouso de 15 a 20 dias, com dor e sangramento. Felizmente, há tratamentos menos desgastantes.
Para as hemorróidas internas, a técnica de grampeamento chamada PPH, realizada com anestesia local, ráqui ou geral, dependendo da preferência do cirurgião, também retira os vasos doentes e é eficaz. A paciente recebe alta no mesmo dia ou no dia seguinte, e o tempo de molho em casa é de uma semana. Outra opção é o método THD (dearterialização hemorroidária transanal guiada por Doppler - um sinal de ultrassom que identifica fluxo sanguíneo por meio do som), que interrompe o fluxo sanguíneo responsável pelas hemorróidas inchadas. "A artéria é identificada com um Doppler e recebe uma sutura".
Assim como no PPH, a dor e o desconforto no pós-operatório são menores, pois o procedimento é realizado na região onde não há nervos sensitivos, ao contrário da cirurgia. "É feito com anestesia ráqui ou peridural e permite que a paciente vá para casa no dia seguinte e retome suas actividades em cinco dias".
Para os casos mais simples de hemorroidas internas, há ainda tratamentos com gelo e aplicação de infravermelho, que exigem apenas sedação e funcionam como cauterizações (sem que a veia seja retirada) - mais ou menos como se faz com os vasinhos da perna. A recuperação é instantânea.

SANGRAMENTO RETAL

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FISSURAS ANAIS

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Ligadura elástica para tratamento das hemorróidas

A ligadura elástica é um tratamento comum para as hemorróidas internas de 2º e 3º graus, mas também pode ser utilizada para as de 1º grau. Consiste na colocação de uma ligadura elástica à volta da base da hemorróida com um aplicador especial. Como a ligadura corta a circulação sanguínea, a hemorróida diminui de tamanho e acaba por desaparecer após alguns dias. A hemorróida é expelida com as fezes e a ligadura cai com o tempo.

Pomadas e supositórios para tratamento da hemorróida

O uso de medicamentos na forma de pomadas durante a primeira fase das crises de hemorróidais, aliviam os sintomas e podem prevenir o grau de desenvolvimento posterior e irritação. no entanto as pomadas que contêm preparações com esteróides enfraquecem a pele, podendo provocar crises posteriores.
Deve manter a área sempre limpa e seca com alguma lubrificação originada pela pomada para hemorróida ou lubrificante apropriado. Alguns supositórios à base de  glicerina também poderão aliviar os sintomas.
As crises agudas, com dor intensa e com a presença de saliências anais múltiplas , são normalmente episódicas.

Remédios caseiros para aliviar hemorróidas

Existem remédios de venda livre, porém pode experimentar alguns remédios caseiros que podem ajudar a aliviar as hemorróidas:
- Tomar banho de água quente, permitindo a máxima exposição da região anal à água quente.
- Aplicar um saco de gelo embrulhado num pano, também poderá aliviar pois o frio contrai os vasos dilatados.
- Inclua mais fibras na sua alimentação. Quando se ingere mais fibra, há que manter um bom nível de hidratação para evitar a obstipação. Beba pelo menos 8 copos grandes de água por dia.
- Se passa muito tempo sentado, dê um passeio de cinco minutos de hora a hora. De cada vez que se levanta, alivia a pressão rectal que provoca hemorróidas.
- Evite levantar cargas pesadas, pois isso exerce pressão sobre a região anal.
- Vá à casa de banho logo que sinta necessidade. Ao limpar-se utilize papel higiénico macio branco, sem perfume e se possível logo de seguida lave bem com água e sabão neutro. No caso de não o poder fazer, pode limpar-se com toalhitas de bébé mas sem perfume.

Hemorróidas são problemas graves de saúde?

Hemorróidas não costumam constituir um problema muito sério de saúde.




Entretanto, procure imediatamente assistência médica, nos seguintes casos:
  1. Sangramento retal intenso acompanhado ou não de fezes;
  2. Sangramento que persiste por uma semana ou mais;
  3. Endurecimento da saliência externa que se formou no orifício retal.

Dicas para quem tem hemorróidas

Elaboramos uma lista de dicas para quem é afectado pelas hemorróidas:
  1. Evite o papel higiénico que irrita e aumenta a inflamação. Lave a região retal e seque com toalha de algodão;
  2. Procure adotar uma dieta saudável à base de alimentos ricos em fibras e frutas frescas;
  3. Beba muito líquido, porém evite as bebidas alcoólicas;
  4. Respeite a necessidade de evacuar;
  5. Lembre-se: banheiro não é biblioteca. Permaneça sentado no vaso sanitário, somente o tempo necessário para evacuar. Se não conseguir naquele momento, tente mais tarde. Procure relaxar. Muito esforço afetará as veias que podem já estar enfraquecidas;
  6. Evite permanecer muito tempo na mesma posição. Caminhe sempre que possível, inclusive no local de trabalho;
  7. Tome banhos de assento mornos: podem aliviar os sintomas;
  8. Faça compressas de gelo: ajudam a aliviar os sintomas e a eliminar o inchaço.

Causas das hemorróidas

As principais causas do aparecimento das hemorróidas são:
  1. Obstipação, vulgarmente conhecida como prisão de ventre;
  2. Gravidez: em virtude da pressão que o feto exerce sobre as veias da parte inferior do abdome;
  3. Obesidade: o excesso de peso também aumenta a pressão nas veias abdominais;
  4. Vida sedentária: diminui o estímulo para a digestão dos alimentos e a irrigação sanguínea do orifício retal;
  5. Componente genético: casos de hemorróidas na família podem indicar predisposição para desenvolver a doença. O inverso também é possível, isto é, desenvolvimento de hemorróidas sem que haja precedentes familiares;
  6. Dieta pobre em fibras e pequena ingestão de líquidos;
  7. Sexo retal: pode produzir fissuras numa região muito vascularizada.

Tipos de tratamento da hemorróida

Os tratamentos para as hemorróidas podem ser:
  1. tópicos ou locais, com pomadas e supositórios;
  2. cirúrgicos (hemorroidectomia), isto é, retirada das veias doentes. Por vezes, apenas a punção do coágulo que entope o vaso hemorroidário pode resolver o problema sem cirurgia;
  3. ligadura elástica, técnica que consiste no estrangulamento da veia afetada.

Hemorróidas durante gravidez

As hemorróidas são varizes das veias hemorróidas. Quando uma mulher está gravida estas podem aparecer ou agravar-se se já existirem, devido fundamentalmente a uma série de condições próprias da gravidez.
Em primeiro lugar, a acção de algumas hormonas como a progesterona – que circula em grandes quantidades pelo sangue -, provoca uma certa retenção da circulação venosa e uma dilatação das veias. Além disso, durante a gestação, aumenta o volume sanguíneo.
Outros factores:
Outro factor é a pressão que o útero exerce no interior do abdómen: à medida que cresce torna-se mais difícil o retorno do sangue desde as pernas e as partes inferiores da pélvis até ao coração. A tendência para a prisão de ventre também influencia, da mesma maneira que a força que a grávida por vezes tem de fazer na sanita. Nestas ocasiões chegam a produzir uma trombose (um coágulo) nas hemorróidas.
Medidas preventivas:
Para prevenir estes dolorosos problemas é recomendável que a mulher, tenha ou não hemorróidas, evite permanecer parada quando estiver em pé. Pode andar, e não deve estar quieta durante muito tempo. Além disso, deve manter uma dieta rica em frutas e vegetais para evitar a prisão de ventre.
As hemorróidas costumam melhorar com repouso na cama, banhos localizados, algumas colheres de marmelada e outros alimentos amaciadores das fezes, supositórios e pomadas específicas.
As hemorróidas internas que permanecem fora do ânus durante muito tempo devem operar-se depois do parto. As externas com trombose aguda têm de abrir-se para extrair o coágulo. Mas toda a intervenção é contra-indicada enquanto houver inflamação no ânus.
Caminhar muito e comer uma dieta rica em frutas e verduras pode evitar que se agravem as hemorróidas durante a gestação.

Incidência da hemorroida

"Estima-se que 50% da população tenha ou venha a ter sintomas relacionados à doença
hemorroidária pelo menos uma vez na vida".

A incidência da hemorroida é semelhante em homens e mulheres. No entanto, a gravidez pode trazer desvantagens. "Durante a gestação, os vasos sanguíneos da região pélvica ficam mais dilatados para poder suprir a necessidade de sangue no útero e para o bebê. Além disso, o peso da criança dificulta o retorno do sangue, aumentando a pressão e a chance de aparecerem hemorroidas".
O que pode acontecer também por causa do esforço no parto. A boa notícia é que, com frequência, o problema desaparece logo em seguida.

O que são úlceras retais

A síndrome de ulcera retal é uma condição rara que pode afetar de modo igual aos homens e mulheres e que se associa com a constipação e esforço prolongado para defecar durante a evacuação intestinal. Nesta condição, uma área do reto, tipicamente a maneira de ulcera solitária, causa eliminação de sangue e muco do reto. O tratamento consiste em ingerir suplementos de fibra para aliviar a constipação. Naquelas pessoas com sintomas severos pode ser necessária uma cirurgia.

O que é o câncer de cólon

O câncer de cólon é aquele que começa no intestino grosso. Este pode afetar tanto o homem quanto a mulher de todas as etnias e ocupa o terceiro lugar como um dos que mais ocorre nos EUA. Felizmente, é um câncer que evolui lentamente e que é curável se for feito um diagnóstico precoce. A maioria dos cânceres de cólon evolui a partir de pólipos no cólon com o passar de vários anos. Portanto, a remoção de pólipos no cólon diminui o risco do câncer de cólon. O câncer anal é mais raro, mas é curável com o diagnóstico precoce.

O que é proctite?

Proctite é a inflamação da membrana que reveste o reto, também conhecida apenas como inflamação do reto ou inflamação retal. Pode ser causada por haver recebido terapia de radiação para vários cânceres, medicamentos, por infecções ou por uma forma circunscrita de enteropatia inflamatória. A procitite pode causar a sensação de que você não desocupou seus intestinos por completo depois de ter uma evacuação intestinal e pode produzir ânsia frequente de defecar. Outros sintomas incluem alimentação de muco através do reto, sangramento retal e dor na área do ânus e do reto. O tratamento para proctite depende da causa. Seu médico lhe informará qual tratamento é apropriado para você.

O que são pólipos no cólon

Os pólipos são crescimentos benignos que revestem o intestino grosso apesar de  a maioria não causar nenhum sintoma, alguns pólipos que se localizam na parte baixa do cólon podem causar sangramento retal leve. Geralmente, é importante remover estes pólipos porque alguns podem se tornar câncer de cólon se não forem tratados.

Causas de sangramento retal

O sangramento retal leve é quando se eliminam umas poucas gotas de sangue fresco (da cor vermelho brilhante) pelo reto, as cores podem aparecer na matéria fecal, no papel higiênico ou no vaso sanitário sem odor. A eliminação contínua através do reto em quantidade muito maior de sangue ou na presença de matéria fecal cuja aparência se torna da cor preta, ALQUITRANADO ou marrom, pode ser por causa de outras enfermidades que não as que aqui estamos discutindo. Chame o seu médico de imediato se você perceber essas condições de maior gravidade.
Embora existam várias causas de sangramento retal leve é muito importante que o seu médico faça uma avaliação completa e um diagnóstico precoce. O sangramento retal, leve ou não, pode ser um sintoma de câncer de cólon, um tipo de câncer que pode ser curado se houver uma detecção precoce.

Quais são as causas de um sangramento retal leve?

tratamento das fissuras anais

O objectivo do tratamento da fissura é a diminuição da dor e do espasmo esfincteriano que a acompanha assim como obter a definitiva cicatrização da fissura.
A primeira abordagem terapêutica nos doentes com fissura anal crónica deve ser médica, sendo contudo necessário recorrer à cirurgia em cerca de 30% - 50% dos casos.

Tratamento médico
Regularização do trânsito intestinal – ingestão de fibras, água, uso de laxantes
Higiene local – banhos de assento
Pomadas anestésicas e cicatrizantes – vitamina A+D, óxido de zinco, sucralfate
Injeções locais:

- produtos esclerosantes
- toxina botulínica

Tratamento cirúrgico

Indicações
fissura crónica
fissura complicada de abcesso ,fístula ou estenose
fissura recidivada
   
Técnicas operatórias
Esfincterotomia - consiste na seção parcial das fibras do esfincter interno diminuindo assim a sua hipertonicidade
Fissurectomia - consiste na exérese da fissura podendo ou não ser associada à esfincterotomia
Anuplastia - consiste em fazer uma plastia, à custa da mucosa anal, após a fissurectomia

A técnica mais vezes utilizada é a Esfincterotomia lateral interna que, produzindo um alívio imediato da dor, leva a uma cicatrização da fissura em duas semanas sem grande desconforto no pós – operatório.
A técnica é geralmente realizada sob anestesia geral,em regime de internamento ou ambulatório.
A sua taxa de sucesso ronda os 98%, quando correctamente realizada, sendo contudo de referir a possibilidade de surgir, em alguns casos, uma incontinência ligeira, sobretudo para gases, que pode ir até aos 20% e é geralmente passageira.
Outras complicações raras mas possíveis são o aparecimento de hematoma,abcesso ou hemorragia pós-operatória.

Meios de diagnóstico da fissura anal

O diagnóstico de fissura anal torna-se fácil através da história clínica, atendendo às características da dor que o doente refere, sendo confirmado pelo exame anal que demonstra a existência da fissura associada a uma contração marcada do esfincter anal, bem evidente ao toque rectal.

Diagnóstico Diferencial
Quando as fissuras são múltiplas ou de localização lateral devem excluir-se as seguintes patologias:
- Doença de Crohn
- Colite Ulcerosa
- SIDA
- Tuberculose
- Sífilis
- Carcinoma do canal anal

Sintomas mais frequentes nas fissuras anais

Os sintomas mais frequentes nas fissuras anais são:
  1. Dor - É o sintoma mais importante durante e após a defecação,podendo persistir por minutos ou várias horas. O receio da defecação agrava a obstipação que, por sua vez, leva a um agravamento do mau estar.
  2. Hemorragia - nem sempre está presente e surge durante a defecação sob a forma de sangue vivo, não misturado com as fezes, que suja o papel higiénico ou pinga na sanita.
  3. Escorrência anal - suja a roupa interior e leva a irritação da pele perianal com consequente prurido.
  4. Sintomas urinários - são raros mas podem estar presentes (ardência ao urinar, retenção urinária)
  5. Tumefação perianal - prega cutânea incomodativa, também conhecida por marisca sentinela e que é já sinal de cronicidade.

Tipos de fissura anal

Existem dois tipos de fissura anal, nomeadamente:
  1. Fissura aguda - é uma lesão recente , superficial e de bordos finos não descolados, sem sinais associados e sensível ao toque rectal, evoluindo espontâneamente para a cura ou sob tratamento conservador adequado.
  2. Fissura crónica - se a fissura não cicatrizar num período de 3 - 8 semanas torna- e numa lesão maior, de bordos espessados e fibrosados, descolados, visualizando-se no seu leito as fibras do esfincter interno, sendo acompanhada de sinais associados como papila hipertrófica, marisca sentinela e por vezes estenose anal. A fissura anal crónica se não tratada pode evoluir para um abcesso ou uma fístula anal.

Fissura anal

A fissura anal é uma ulceração longitudinal da parte distal do canal anal, geralmente localizada a nível da linha média posterior, se bem que na mulher por vezes tenha uma localização anterior, associada quase sempre a uma contração marcada do esfincter anal interno. É uma das causas mais frequentes de dor anal.




Incidência
É uma lesão muito frequente, atingindo de igual forma homens e mulheres, afectando mais os adultos jovens com idades compreendidas entre os 20 e 40 anos.




Factores que podem desencadear o seu aparecimento
- Obstipação e / ou diarreia;
- Traumatismo provocado pela passagem de fezes volumosas e duras;
- Traumatismo obstétrico;
- Cirurgia anal prévia em doentes que são obstipados.

Riscos das hemorroidas

As hemorróidas são muito comuns e a maioria das pessoas apresenta sangramento ocasional por causa delas. Essas varizes geralmente não são perigosas, embora possam ser incômodas e doloridas — um problema grave é mais raro. 

O risco é achar que o sangramento seja provocado por hemorróidas quando, na verdade, é causado por câncer do reto ou do cólon, especialmente em pessoas com mais de 40 anos. É por isso que um médico deve ser imediatamente consultado nos casos de sangramento anal.

Diagnóstico das hemorroidas

O diagnóstico da doença hemorroidária é baseado na história clínica detalhada, combinada com exame físico do paciente e, principalmente, o proctológico cuidadoso que poderão confirmar a presença da enfermidade ou afastar outras condições que podem causar os mesmos sintomas. É freqüente observarmos pacientes que apresentam queixas relacionadas com o intestino distal e com o ânus admitirem, erroneamente, que seus sintomas são devidos às hemorróidas.
O exame proctológico deverá incluir uma inspeção detalhada e cuidadosa da região anal e perianal quando poderão ser diagnosticadas, com relativa facilidade, as hemorróidas externas, internas prolapsadas (às vezes, com mucosa ulcerada e recoberta por tecido escamoso metaplásico), e a trombose hemorroidária com ou sem flebite, as fístulas, assim como afastar, ou mesmo suspeitar das entidades que relacionamos como necessárias a serem consideradas no diagnóstico diferencial.
Diagnóstico diferencial da doença hemorroidária:

• Neoplasia retal (adenocarcinoma o mais freqüente)
• Neoplasia de canal anal (principalmente o carcinoma epidermóide e o melanoma)
• Condiloma acuminado perianal
• Pólipo retal (pode sangrar e/ou prolapsar)
• Papila anal hipertrófica (sangramento, prolapso, desconforto anal)
• Prolapso retal (desconforto local, prurido, sangramento e o prolapso)
• Fístula anorretal (desconforto local, secreção e prurido)
• Fissura anal aguda ou crônica (dor e sangramento)

O exame digital vem a seguir e, nos casos de lesões dolorosas, o mesmo deverá ser evitado (por exemplo, na vigência de fissura anal ou de trombose hemorroidária aguda com flebite).
O exame digital é importante, pois fornece informações a respeito do tônus esfincteriano de repouso e de contração, além de afastar a possibilidade de qualquer lesão tumoral ou de estenoses. É importante ressaltar que hemorróidas internas assintomáticas não são diagnosticadas pelo toque retal, pois a mucosa anal tem a consistência aveludada.
Hemorróidas externas podem ser identificadas à inspeção. Hemorróidas internas são adequadamente visualizadas durante a anuscopia.
Todos os pacientes com idade acima de 40 anos, apresentando-se com sangramento retal, devem ser submetidos a uma sigmoidoscopia flexível ou colonoscopia, para afastar a possibilidade da presença de tumores colorretais benignos ou malignos, de doença inflamatória intestinal e de doença diverticular.
A doença orificial (hemorróida, fissura anal, fístula anal, abscesso anorretal e condiloma anal) pode coexistir com lesões neoplásicas benignas e malignas em até 9,8% das vezes.
A decisão de se realizar a colonoscopia deve ser baseada na idade do paciente, presença de sintomas gastrintestinais e outros fatores de risco (história familiar como exemplo).
A colonoscopia em indivíduos com idade inferior a 40 anos e com sangramento retal pode ser justificada, uma vez que achados endoscópicos significativos podem estar presentes em até 21% dos pacientes18(B). Indivíduos portadores de doença hemorroidária, com idade acima de 60 anos, com queixas de sangramento retal, devem ser melhor investigados quanto à origem do sangramento; entretanto, a ausência de sangramento retal não pode ser considerada como um fator preditivo para a inexistência de câncer.
Comparando-se a retossigmoidoscopia flexível, associada ao enema opaco, com a colonoscopia, observou-se melhores resultados com este último método (os dois primeiros deixaram de detectar pólipo benigno maior ou igual a 1 cm e aqueles menores que 1 cm em 36% e 60,25%, respectivamente).
A prevalência de câncer colorretal em indivíduos com sintomas colônicos, porém sem evidência de sangramento retal, é baixa e pode ser comparável à prevalência na população assintomática.